O receio de viver!

22 de abril de 2011
A timidez pode ser definida como acanhamento ou receio em relação a situações, onde se precisa interagir com outras pessoas. Esse desconforto acaba gerando dificuldades e interferindo nos objetivos pessoais de quem a sofre.
Ela pode dar as caras, em situações de confronto com a autoridade, interação com algumas pessoas e até mesmo em ambiente familiar. Segundo Bernardo Carducci, 75% das pessoas apresentam condutas tímidas diante de estranhos. Pessoas tímidas não exprimem completamente seus sentimentos e suas opiniões, alem disso não tem uma capacidade ‘’programada’’ para interagir ativamente. Quando em grau moderado, todos os seres humanos são, em algum momento de suas vidas, afetados pela timidez, que funciona como uma espécie de regulador social, inibidor dos excessos condenados pela sociedade como um todo, ou micro-sociedades.
A timidez é mais comum em adolescentes, independentemente se na infância ele foi ou não tímido. Adolescentes, principalmente na faixa de 16 á 18 anos, passam por rápidos crescimentos e mudanças repentinas no corpo, que exigem aceitação, é nessa fase que vários jovens criam uma auto-imagem desfavorável de seu corpo mesmo que essa imagem não seja real. Este quadro não costuma perdurar quando o jovem entra na idade adulta, por volta dos vinte anos. A persistir, tem tudo para se transformar num quadro realmente grave de transtorno mental. Apesar de a timidez não ser considerada uma doença, pode se dizer que ela tem cura, ou seja pode ser corrigida.  O tratamento para a timidez é a psicoterapia, onde são atacados de maneira sistemática e objetiva os sintomas mencionados anteriormente, promovendo uma alteração na maneira como o indivíduo encara cada situação ao mesmo tempo em que se desenvolvem ou aprimoram-se habilidades sociais.
Enfim, não tenha medo de expressar suas idéias, de ser como você realmente é afinal no mundo há pessoas altas, baixas, gordas, magras, carecas, faladeiras, cultas, displicentes, religiosas ou não, observadoras, tímidas, politizadas, ignorantes, discretas, gananciosas, curiosas, habilidosas, felizes, perdulárias, fofoqueiras, excêntricas, e não devemos ter vergonha do que realmente somos. Aproveitar a vida da melhor maneira, pois apesar de a timidez não comprometer de forma significativa a realização pessoal, constitui-se em fator de empobrecimento da qualidade de vida, e o que temos para o cardápio de hoje é extrair de cada dia o máximo que podemos, sem vergonha, medo e mostrar não esconder nossa verdadeira face.

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