O árduo dócil.

2 de abril de 2011
- Depois que a ficha cai, nesse caso, vem sempre a pior parte: Jogar de novo.
Jogar de novo, desistir, persistir, levantar e cair, amar, sonhar, chorar. Conversar, desabafar, abraçar o travesseiro, chorar. Dormir, acordar, implorar, rezar, pedir, almoçar. Pensar, sonhar, e não saber o que fazer.
É fácil, o bastante, apenas ler essas palavras. O difícil mesmo é vive-las, ou ao menos tentar. Apaixonar-se parece simples e ao mesmo tempo feliz, mas não o muito para sempre sorrir.
Paixão não é sinônimo apenas de felicidade, padecer faz parte, lutar e prosseguir é arte, para os fortes, e desafio para os fracos - deve ser por isso que me sinto sem forças.

Não é unicamente dócil como se vê, andar de mãos dadas em campos floridos, com borboletas a pousar. Exceto em produções de Walt Disney.

Tombos doem, na hora, depois de noites de sono – e choro- tudo se concerta se ajeita, e levantamos, tentamos.

Devia ser fácil cicatrizar um sentimento, com pontos de uma enfermeira um fio, uma agulha e dizer: Levei 20 pontos no meu coração, e sarei – não é.

Fingir não ligar, e brincar com a vida, sorrir, pular e gritar, tentar estar o mais perto que se pode, nunca parecer o suficiente para quem pensa que o final, é apenas perder.

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